" O sufista caminha para dentro de si, com a mente no presente
destitui o ego e torna-se um com o único esta dentro do mundo mas não pertence
mais a ele, transcendeu ao caos e a matrix então torna-se um ser completo
ciente da realidade que o cerca ele não mais estará incompleto ele é um com o
todo é “sufi– ciente”, um viajante no caminho da ciência, não a ciência cientifica,
mas a ciência de estar consciente, de
ser conhecedor de si consigo. Um objeto desperto; não mais precisa crer, nem
tão pouco ser induzido, ele simplesmente compreende o algo mais em sua plena
singularidade"....
Amigo internauta
ajude a manter a revista no ar
de um clique ao
patrocinador
seja bem vindo
Introdução
A palavra "filosofia"
deriva-se da palavra grega "sufya" e a palavra "sufi"
também derivada mesma.
O
conhecimento vem através do estudo de outros, a sabedoria surge através do seu próprio
ser. Você é a luz de si mesmo, a sabedoria significa que você sabe, e não que você
crê, cultura é crença. Alguém diz e você acredita, então isto é conhecimento;
agora, sabedoria é resultado da experiência, você não crê você sabe; porque
é parte da experiência. A palavra filosofia perdeu-se no tempo, em seus
devaneios do pensar, a palavra sufi vem da mesma raiz, mas não se perdeu com
o tempo, filosofia tornou-se especulação, pensar, pensar, e pensar... Não há
transformação, apenas pensar não resolve, e muito menos usar um método praticado em
outro tempo, por outra pessoa em outra circunstancia, certo filosofo diante
de uma determinada situação tomou uma atitude qualquer e obteve muito sucesso, daí
passa a ser uma regra que
orienta os estudiosos do seu trabalho a agir sob a mesma luz, da mesma forma em
circunstâncias parecidas; ou mesmo funcionando
como ponto de referencia para situações da mesma espécie; os tempos
mudam a era é outra o estresse é causado
por motivos diferente. O que aflige o ser humano pode até ainda ser de mesma essência, mas, os meios em que acontece a
agressão é outro e por isso o remédio
(terapia) usado há cinqüenta anos já não faz mais o mesmo efeito, quanto mais o
remédio de cem ou mil anos atrás,
perdeu sua validade os princípios essenciais que aflige o ser humano são os mesmos ele ainda tem alma, corpo e
mente, então terá dor, angustia e
agonia também, mas o que causa isto não são os mesmos motivos de antes da Internet, da televisão, do
capitalismo, do consumismo e tantas
outras situações novas, que exige do homem uma pressão continua onde o cidadão dorme menos, então descansa menos, e seu
tempo é ocupado por muito mais
trabalho, (quando digo trabalho falo na interpretação do corpo o que significa desde
o ligar da maquina humana, quando acorda até o desligar para o descanso e reposição de energia), temos oito ou mais horas de
trabalho duas horas de transito
quatro de estudo, duas (será?) de Internet duas para higiene básica duas de televisão, musica ou livro, e assim vai com quase
nenhuma hora de ociosidade, o individuo
perdeu a capacidade de ócio, de observar, ver e apreciar o belo. A flor, o pôr-do-sol, a lua a natureza. O sol se põe todos
os dias a natureza faz seu show , diariamente, e é apreciada raramente e
isto e a novidade do homem moderno; esta
maquinação do ser humano. Daí a nova doença desta era, e o nome da síndrome
é robopatologia. A robopatização ou zumbinização que
veremos mais adiante. Este ser começou a
ser programado ainda quando criança, de que ociosidade é perca de tempo, prejuízo, etc. e gradualmente foi se
deixando dominar pela matrix e acabou
sendo tão convencido por ela que quando um diretor de cinema a denúncia, faz um enorme sucesso é aplaudido e
todos (á critica) chamam sua denuncia
social de "grande obra de ficção."
Então o
pensar. pensar, pensar... não resolve, apenas a conclusão experimentada é que cresce, a filosofia
tornou-se um jogo de palavras e lógica, um bonito jogo,
mas você permanece o mesmo ele não o transforma. Por isso a ciência se
divorciou da filosofia, ela tornou-se experimental tornou-se objetiva, a ciência não
depende mais do pensar ela depende do experimento, outro divorcio foi o sufismo.
A ciência
caminha em direção ao objeto e o torna experimento e algo
bastante racional E=MC2 e assim por
diante, algo que produz resultado lógico. O Sufismo caminha em
direção ao sujeito e se torna uma experiência e ambos estão relacionado á
realidade a ciência pela realidade que cerca o individuo, pertence ao seu mundo
exterior, e o sufismo pela realidade que está dentro do individuo pertence ao
seu universo interior e ambos um dia foram parte da filosofia como um todo. A
ciência depende do experimento com o objeto porque com o objeto o experimento
é possível . o sufismo depende da experiência porque você só pode experimentar
a consciência interior, você não pode testá-la ela não é um objeto , e sua
subjetividade. É a compreensão de que o sopro de vida que Adão recebeu foi a. emanação de uma partícula do
Divino que ele recebeu e esta partícula esta dentro de cada ser. e quando a
consciência se desperta você não precisa crer você
simplesmente compreende este algo mais. Então você sabe, "um míope só vai descobrir sua miopia quando ele vai ao oftalmo
e põe um óculos aí ele conhece um
mundo diferente o sufismo é o caminho até o oftalmo o óculos é o despertar e o sufista é aquele
que sai de óculos a conhecer e o sufi é aquele que já conhece e compreende é o oftalmo que lhe receita os
óculos . Denis Furlan, 14/08/06 12:56
De qualquer maneira, a forma mais
aceita de interpretar o Sufi e o Sufismo é utilizando não a sua origem
lingüística, mas sim os seus objetivos: em termos gerais, o Sufi é todo aquele
indivíduo que acredita que é possível ter uma experiência direta de Deus e que
está preparado para sair de sua vida rotineira para se colocar debaixo das
condições e meios que lhe permitam chegar a este objetivo. Neste contexto, o
Sufi é o místico que busca a União com o
todo. O Sufismo é a uma busca de uma comunhão direta entre
Deus e o homem. É uma esfera de experiência espiritual que corre em paralelo
com a prática do Islão, que deriva da revelação profética e se desenvolve na
Shari’a e na teologia muçulmana. Como religião codificada, o Islão não pode
admitir que a experiência mística possa ocorrer em paralelo e como experiência pessoal
única, o que gerou as tensões e questionamentos que o Sufismo islâmico sempre
sofreu ao longo de sua trajetória. O objetivo tanto do Islão quanto do Sufismo
é conduzir o praticante em direção à Verdade ou Realidade. Dentro do Islão como
religião revelada, tal objetivo seria obtido através da prática dos preceitos
religiosos enquanto que no Sufismo, além destes preceitos, entrariam também em
jogo uma série de fatores intuitivos e emocionais que, segundo a teoria do
Sufismo, estariam dormentes na maioria dos seres humanos e que, sob uma
supervisão correta, poderiam ser despertos e desenvolvidos Este desenvolvimento
recebe o nome de Caminho e o viajante no caminho (salak at-tariq) busca
eliminar os véus que ocultam a sua experiência do Real e assim, vir a
transformar-se na Unidade indiferenciada. Embora não seja um
processo intelectual, o Sufismo acabou gerando uma série de formulações
teórico/práticas que constituíram verdadeiras linhas filosófico/místicas que
acabaram se constituindo em verdadeiras formas de reação contra um Islão cada
vez mais sistematizado em termos de leis e teologia sistemática, objetivando
uma liberdade espiritual através da qual os sentidos espirituais intrínsecos do
ser humano pudessem ser amplamente utilizados. Os vários caminhos (turuq,
tariqa no plural) estão preocupados com este objetivo e não na justificativa
religiosa ou não.Em termos esotéricos, o Sufismo não se diferencia da busca pela
União que já é encontrada nas propostas místicas anteriores ao Islão, a Cabala
Judáica, as propostas Platônicas e Neo-Platônicas, o Gnosticismo e o Misticismo
Cristão precederam e deram um embasamento para o Sufismo Islâmico. Dentro deste
contexto maior, o Sufismo, assim como as formas que lhe precederam recebem o
nome de Trabalho, ou seja, o processo ativo de aperfeiçoamento do indivíduo
para que este se torne capaz de perseguir o fim último de seu ser: a União
Mística com o Absoluto. Nesta perspectiva não seria possível estabelecerse
qualquer diferencial entre uma linha com outra, afora as diferenças exteriores
de apresentação e contexto cultural. Essa é uma das formas de entender o que é
chamado de Tradição Perene, que representa a essência dos
conhecimentos e praticas capazes de conduzir o individuo a um desenvolvimento
harmônico de suas potencialidades. Assim cada uma destas linhas e escolas, que
tentaram preservar e desenvolver este conhecimento, são expressões desta
Tradição Perene em diferentes épocas e culturas. Cada uma delas assumiu uma
forma especifica, mística, religiosa, artística, filosófica ou cientifica, de
acordo com o momento em que surgiram e se desenvolveram. Assim o problema
fundamental que se apresenta ao postulante é o mais crucial de todos: o que ele
realmente deseja; a busca da União, com tudo que isto representa.
A Sabedoria Sufi - União com Deus, Samadhi e Rumi
O Sufismo tem sido reconhecido por muitos autores como um dos maiores
representantes da espiritualidade e importante fonte de conhecimentos e
práticas do caminho místico.
Seu objetivo básico é o de conduzir o ser humano de volta à sua dimensão de perfeição, fim último
de qualquer caminho místico verdadeiro. Muito da proeminência que o Sufismo desfruta vem do fato dele
conter elementos oriundos de outras tradições e de ter dado continuidade a elas
incorporando-as dentro de seu processo. Isto acabou por conferir-lhe um caráter
mais universal, mesmo estando inserido dentro do contexto do mundo Islâmico. É possível perceber esta influência especialmente durante a Idade
Média e Renascença, que se estendeu aos Cristãos, Judeus e outras escolas
esotéricas. Estes e seus discípulos começaram a ser conhecidos como Sufis, e a
inserir suas escolas na comunidade, resgatando e ensinando o caminho místico da
Verdade e da Unidade Divina. E isto não aconteceu
através do ascetismo clássico de abandono e negação, mas pela verdadeira
pobreza de espirito.
“O sufi é aquele que está no mundo, mas não pertence a ele.”
Como seu maior propósito está na busca pela Presença Divina, e
também por ter incorporado elementos de outras tradições, o Sufismo acabou por
adquirir um caráter mais universal.
E reconhecido como a essência das religiões e da espiritualidade. Prova disso é que dentro de grupos sufis é comum encontrar-se indivíduos de diversas religiões e tradições.
E reconhecido como a essência das religiões e da espiritualidade. Prova disso é que dentro de grupos sufis é comum encontrar-se indivíduos de diversas religiões e tradições.
O
Sufismo sempre se baseou em uma perspectiva perene e universal da
espiritualidade. Por seu caráter humanista e de busca pela transcendência, ele
é a expressão e continuidade de uma tradição ainda mais antiga,
responsável pela preservação e transmissão dos conhecimentos e práticas que
visam o desenvolvimento do homem e da própria humanidade. esta tradição foi também chamada por alguns
autores de Filosofia Perene.
O
Sufismo, assim como outras Escolas, recolhe e preserva o conhecimento das
diversas tradições esotéricas e das outras áreas do conhecimento humano e
produz um novo conhecimento, mais abrangente e adequado ao contexto cultural.
O
objetivo não consiste em ter uma crença onde se apegar, mas em mergulhar dentro de seu mundo interior desenvolver uma qualidade de viver e de ser. É fundamental compreender que um
caminho de desenvolvimento busca desvendar o mistério que se
encontra em cada pessoa e em toda criação. O conhecimento real não é
simplesmente um conjunto de crenças, mas sim, a busca pela essência
daquilo que cada um é e da sua unidade com o todo.
Descreva Deus...
Indivíduos como Shihabuddin Surawardi, Muhidin Ibn Arabi e Jalaludin Rumi em
suas buscas por revelar o mistério do homem e da criação expressaram um conhecimento
próprio, fruto da transformação pessoal de cada um. Ao invés de aderirem a
dogmas e repetirem comportamentos eles se tornaram fonte de
novas visões de mundo que renovaram perspectivas e abriram as portas para
outras dimensões e possibilidades. Este é o valor fundamental do caminho espiritual - possibilitar o
desenvolvimento do individuo a extraordinária descoberta que se revela a cada
um que busca apaixonadamente descobrir seu próprio mistério...
"Existe uma alma dentro de voce.
Busque por ela.
Existe uma jóia na montanha que é seu corpo.
Olhe para a mina que contém essa jóia.
Ó sufi andarilho
Busque dentro de você e não fora".
Nenhum comentário:
Postar um comentário